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OBJETIVOS

     O principal objetivo do Núcleo À Margem (Sala Preta) ao elaborar o projeto NASCE UMA CIDADE 2017 - OPERAÇÃO CASCAS é tocar numa memória que Barra Mansa foi impelida a esquecer, o terrorismo de Estado e as consequências em nosso território. Foca-se portanto numa atuação efetiva para integração, articulação e promoção da cultura do Médio Paraíba Fluminense, entre os territórios das Agulhas Negras ao Vale do Café. Sem embargo, objetiva-se também dar continuidade à uma ação que desde 2010 celebra o aniversário de Barra Mansa/RJ e agora, sete anos depois, intenta trabalhar para a reconstrução da memória das graves violações aos direitos humanos, em âmbito regional. A culminância do projeto Nasce Uma Cidade 2017 - OPERAÇÃO CASCAS se dá numa série de exposições e intervenções cênicas, a serem realizadas na área do Parque da Cidade (BM) que suavizam de forma poética e sensível a percepção do público sobre este episódio tão lamentável da nossa história.

      O projeto Nasce Uma Cidade constituiu uma plataforma educativa que utiliza uma metodologia baseada no ensino das artes para tangenciar temas constitutivos da identidade cultural do cidadão do Vale. Novamente, como nas edições anteriores, terá como ponto de partida a manutenção de uma grande rede de fazedores culturais, artistas, historiadores, acadêmicos, poder público, empresários e forças criativas da região. Com este projeto espera-se fazer uso da história pública da cidade e (re)construir a memória cultural do Médio Paraíba por meio da arte e dos artistas que se fixaram em Barra Mansa e/ou residentes na região. Celebrar este encontro, entre arte, história e memória, homem e tempo, no bojo da cultura, permite tornar a linguagem artística conhecida pelo público e consequentemente incentivar novos artistas fluminenses a se profissionalizarem na busca de uma sustentabilidade por meio de seu ofício e talento.

Objetivo Geral

Ocupar de forma contínua em caráter de residência durante 24 meses a Unidade Cultural Tulhas do Café, com atividades de formação de jovens e adultos para a produção e fruição de uma obra cênica com exposição dos temas concernentes à opressão e violação dos Direitos Humanos no Brasil entre os anos de 1964 e 1988 com enfoque na área do antigo 1o BIB.

 

Para que isso se concretize faz-se necessário atingir alguns objetivos especificados abaixo:

 

a) Atuar efetivamente para integração, articulação e promoção da cultura do Médio Paraíba Fluminense, entre os territórios das Agulhas Negras ao Vale do Café.

b) Consolidar a parceria com o Centro de Memória da UFF Genival Luis da Silva, com o NUEPAC, com o Grupo em Desutilidades Urbanas (UFF/VR) e o Instituto Cultural Clécio Penedo;

c) Fortalecer as ações culturais oriundas deste encontro;

d) Ocupar em caráter de residência a unidade cultural Tulhas do Café por 24 meses;

e) Sensibilizar as forças criativas de Barra Mansa e seus circunvizinhos;

f) Realizar encontros, ensaios e seminários de acordo com o cronograma estabelecido;

g) Elaborar e confeccionar cenografia, figurinos e adereços;

h) Divulgar a apresentação estimulando a participação de cidades vizinhas;

i) Montar uma obra cênica e plástica com linguagem híbrida que ocupe os principais marcos da tortura dentro do antigo BIB em Barra Mansa (Possilga, Arquivo, Submarino,TG, entre outros)

j) Realizar temporada de 3 meses entre outubro e dezembro;

k) Motivar o debate em torno dos Direitos Humanos na região;

l) Colaborar para que as cláusulas do Termo de Ajuste de Conduta sejam cumpridas e desenvolvidas;

m) Tornar de conhecimento público as histórias de dor e luta daqueles que resistiram e resistem à ditadura militar brasileira;

n) Proporcionar o diálogo entre a violência do passado e suas permanências no tempo presente;

o) Estimular outras iniciativas artísticas que possibilitem a reflexão e debate em torno do tema das graves violações aos direitos humanos;

p) Acessibilizar informações que não poderiam ser conhecidas de outra maneira;

q) Possibilitar que a dor individual das vítimas alcançam uma dimensão coletiva de superação;

r) Promover uma reparação simbólica às vítimas e seus familiares;

s) Oportunizar o surgimento e a abertura de novas memórias, de modo a complexificar a narrativa histórica e dar voz às múltiplas experiências de violência e resistência;

t) Afirmar os pavilhões das tulhas do Parque da Cidade como território cultural de memória e resistência em respeito as vítimas;

u) Dar visibilidade e difusão aos relatórios das comissões da verdade em âmbitos nacional, estadual e municipal;

v) Estabelecer resistência aos modelos de Estados opressores.

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