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Mantendo a prática do Sala Preta que visa fortalecer o intercâmbio artístico e cultural de seus projetos e artistas, mais um vezes um dos integrantes do coletivo teatral viajou para o México afim de levar sua arte para o país que é um dos maiores da América. Dentre diversas ações realizadas no país, uma delas é a segunda edição da "Acciones Híbridas de los Actores", oficina que concedeu ao Sala Preta o certificado de "La Tecnica al Servicio de lá Pátria" emitido pelo Instituto Politécnico Nacional, por meio da Secretaria de Educacionon Publica do Mexico.
Durante os dias 8 e 15 de agosto, Rafael Crooz, além de disseminar o trabalho que o Sala Preta desenvolve, realizou a produção da Tomada Urbana, projeto do Sala Preta que este ano, além de ser realizado em Barra Mansa, Volta Redonda e Resende, também terá programação em três estados mexicanos.
Na última terça-feira, dia 11 de agosto, Rafael participou do Colóquio Espacios de Cruce, realizado pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Autonoma de Hidalgo, em Real del Monte, distrito de Pachuca, que fica há 40 minutos da Cidade do México, capital do país. Na ocasião, Rafael defendeu o artigo publicado no livro "Zonas de Contato - usos e abusos de uma poética do corpo", publicado pela Outras Letras por meio da FAPERJ. O livro é fruto do projeto "Zonas de Contato" do Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com organização de Denise Espírito Santo e Gilson Mota.
“O Espacios de Cruce é um encontro de criadores e investigadores acadêmicos em torno das escrituras cênicas que tem como objetivo abordar questões como: o que entendemos por investigação-criação nas artes dentro da academia? Como fazer para valer o processo de investigação para chegar à cena? Como registrar a investigação que se faz sobre os corpos dentro das salas de ensaio?”, explicou Rafael que ainda acrescentou:
“No artigo, intitulado ‘Anotações porosas sobre o trabalho do ator em grupo’, é exposto de forma organizada as anotações que fiz durante os encontros que tive com Eugênio Barba e Julia Varley em Brasília em 2009, e com Norberto Presta e Renato Ferracini dentro do Projeto Zonas de Contato, nos anos de 2010 e 2011 respectivamente. O artigo é uma forma de mostrar como um ator produz suas anotações a partir do encontro com mestres, diretores e ensaiadores. Espero poder compartilhar, ainda que em outro idioma, as percepções que colhi com esses mestres”, disse.
Quanto a realização da segunda edição da oficina "Acciones Híbridas de los Actores", entre os dias 12 e 14 de agosto, esta contu com cerca de 20 participantes e foi realizado em Pachuca, na sede do Foro Escénico, um recente espaço que foi criado para produção e fruição de trabalhos cênicos. Uma novidade desta edição é a participação de uma da aluna da primeira edição, Laura Vega,como assistente.
"Através da oficina para professores do Instituto Politécnico Nacional, tanto como atriz como docente, me pareceu de suma importância aprender a técnica das ações híbridas para obter ferramentas ao abordar o trabalho criativo do ator e poder transmiti-lo aos meus alunos de forma que encontrem vias diferentes das vias clássicas para se construir um personagem. O teatro contemporâneo atualmente manipula muitos códigos, entre eles o trabalho corporal do ator como linguagem exaustiva. Ao lado do Rafael pude me aprofundar mais nessas técnicas", disse Laura, atriz-docente do Instituto Nacional de Belas Artes no México.
Tomada Urbana
A Tomada Urbana está em sua sétima edição e, cada vez maior. Desta vez será realizada em dois país diferentes, simultaneamente, e com algumas participações internacionais já confirmadas para estarem em Barra Mansa.
“Minha missão no México é também realizar uma curadoria de espetáculo, bandas, movimentos culturais e artísticos para que seja criada uma Tomada Urbana mexicana. O plano é ter gente nas ruas de pelo menos três cidades de três estados diferentes, Cidade do México (DF), Pachuca (Hidalgo) y Xalapa (Veracruz)”, disse Rafael, que ainda acrescentou que foram convidados coletivos de pesquisa cênica, musical e circense, grupos e companhias novas, como os recém criados Colectivo Cascavel, de Xalapa, o Foro Escénico de Machuca, o Cremita de Camarão e Los Conjurados, ambos da capital mexicana e , e outro um pouco mais experientes como a La Dueños Cia. de Teatro Itinerante e La Máquina de Teatro, também da capital.
“A ideia é fazer que entre os dias 8 e 12 de dezembro estes países latinos realizem práticas de arte urbana simultaneamente. Conectados pelas habilidades, pela rede de ocupação de espaços que normalmente não são destinados à arte ou a cultura. Não importa a distância e sim o discurso”, disse.
SALA PRETA VOLTA AO MÉXICO
Barra Mansa, 18 de agosto de 2015
Coletivo recebe certificado de reconhecimento emitido pelo Instituto Politécnico Nacional
Rafael durante reunião com Los Conjurados Teatro
Reunião com a diretora Violeta Sarmiento
Reunião com Cremita de Camarón