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O ano de 2009 foi eleito pelo presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandroni, como o ano de Euclides da Cunha em homenagem aos 100 anos da morte do célebre autor de “Os Sertões”.

 

O Coletivo Teatral Sala Preta foi convidado a integrar o Projeto de Extensão Interinstitucional da UFF – Universidade Federal Fluminense de Niterói, "100 Anos Sem Euclides" que teve a finalidade de promover uma série de ações artísticas, culturais, acadêmicas e educativas, direcionadas a diversos segmentos no Estado do Rio de Janeiro. A participação do Sala Preta foi adaptar o livro "4 Cantos de Euclides", do autor barra-mansense Thiago Cascabulho, para ser encenado nas ruas. Foi o primeiro espetáculo para as ruas realizado pelo Sala Preta. Participaram mais de cinquenta artistas, técnicos e produtores.

 

Na encenação além de dramaturgia houve a presença marcante de musicas populares de diferentes ritmos como o maculelê, maracatu, samba de roda, baião, moda de viola e ciranda. A proposta foi construir uma aproximação real do público espontâneo da rua com o gênio da literatura brasileira, apropriando-se das silhuetas urbanas como elemento dramatúrgico.

 

O Sala Preta sempre acreditou que as inter-relações entre o teatro e a cidade – entre espaço cênico e espaço urbano – podem desencadear ações e movimentos no campo da cultura, fundamentais para a invenção de novas formas de sociabilidade, ao estabelecer uma via direta de comunicação e de interação entre os diversos segmentos da sociedade.

 

Com o sucesso do projeto em Paraty, o espetáculo foi encenado ainda em Cantagalo/RJ, cidade natal de Euclides da Cunha, no campus da UFRJ na Ilha do Fundão no Rio de Janeiro, capital; em Volta Redonda/RJ em evento realizado pela UFF-VR, e ainda pelas ruas de Barra Mansa na Tomada Urbana – Ato I.

 

Na estreia o espetáculo foi estruturado com cinco cenas, além dos entreatos que conduziam uma cena à outra como deslocamento dos artistas e do público, da seguinte forma:

 

Canto de abertura: Começou diante da igreja do Rosário, para apresentação do narrador da história. Uma roda de maculelê chamou o público para a festa. Canto I: Iniciada a procissão com acompanhamento musical, a próxima parada foi na frente da Casa de Cultura, onde uma roda de samba do recôncavo esperava. Canto II: O público foi encaminhado para a terceira etapa, diante da igreja da Matriz. O agreste do Os Sertões nasceu em forma de baião. Canto III: O canto seguinte falou sobre a floresta amazônica. Foi a moda de viola que passou em um barco no rio Perequê-açu. Canto IV: Atravessando a ponte, que simbolizou a fronteira entre a vida e a morte, o público encontrou uma grande roda de ciranda instalada na nova praça.

 

cantos de euclides

Ficha Técnica

 

Autor: Thiago Cascabulho

Dramaturgia: Bianco Marques, Danilo Nardelli e Rafael Crooz

Direção Cênica: Danilo Nardelli e Rafael Crooz

Direção Musical e Trilha Original: Bianco Marques

 

Direção de Produção e Arte Gráfica: Marcelo Bravo

Co-Produção: Caraminholas Produções

Assistentes de Produção: Ailton, André Comber, Bárbara Araújo, Carla Araújo, Pablo Café, Rafael Cigano,

Tatiana Lemos e Raquel Devechi

 

Elenco:

Euclides da Cunha - Thiago Delleprane

Jaguncinho - Bianco Marques

Santa Luzia (Maculelê) - Suzana Zana

Mãe de Euclides - Marinêz Fernandes

Imperador - Lúcio Roriz

Cocota 1 - Giane Carvalho

Cocota 2 - Márcia Vhenina

Cocota 3 - Marlei Braga

Santa Luzia (Baião) - Sara Bentes

Seringueiro - Rafael Crooz

 

Coro de Atores: Aline Mara, Clarissa Anastácio, Danilo Nardelli, Diane Tavares, Elisa Carvalho, Jessica Zelma e Lucas Fagundes

 

Percussão ECFA: André Luiz, Borginho, Felipe Mendonça, Frankão, Hugo Vicente, Mayara Albano, Priscila Estevão e Vinicius

 

Coral: Luis Henrique de Oliveira, Maicon Ramiro, Roselayne Nascimento, Caroline Cruz de Morais e Gabriel Rocha

 

Quarteto de Cordas: Adyr Francisco, Freddy Fortilho,

Jorge d'Oliveira e Suzana Izabel

 

Violeiro: Cajabah

Participação Especial: Luana Dhickman

 

Figurino e Adereços: Suzana Zana

Assistente de Figurino e Adereços: Lucas Fagundes

Técnico de Som: Wallace Fortini

Técnico de Luz: Daniel Vieira

Filmagem: Tavo Comber

Fotógrafo: Wallace Feitosa

Assessoria de Imprensa: Renata Rosas

 

Em cartaz de julho a novembro de 2009

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