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Há um pouco mais de um mês, os “pretos” -  como são chamados os integrantes do Sala Preta - estão imersos em um trabalho de criação com a artista plástica Isabel Carneiro. A partir do texto “O artista da fome”, de Franz Kafka, a proposta central da oficina é apresentar formas possíveis de criação por meio de palavras retiradas do texto.
 
A oficina está sendo realizada através dos meios em que os participantes têm mais familiaridade, tais como fotografia, vídeo arte, arte sonora, pintura ou performance. A artista plástica, Isabel, escolheu uma série de palavras que se relacionam ao teatro e com o Coletivo Teatral Sala Preta e assim os participantes produzem objetos artísticos.  
 
Os encontros, que começaram no dia 7 de abril, acontecem, semanalmente, toda terça-feira, no Atelier 440, do Tulhas do Café. A princípio, a previsão de duração da oficina serão de três meses, mas vai de acordo com o desenvolvimento dos trabalhos.
 
Segundo Viviane Saar, integrante do Sala Preta, uma experiência prática como esta é de extrema importância.
 
“Nossa expectativa com a oficina é de aprendizado. Atualmente, é importante que artistas e grupos artísticos trabalhem na expansão de sua criatividade, isso só se dá na prática. Por isso uma experiência prática é tão valiosa”, disse ela.
 
Além de Viviane, outros “pretos” que estão inseridos no trabalho são: Bianco Marques, Danilo Nardeli, Suzana Zana e Rafael Crooz.
 
A artista plástica, Isabel Carneiro, que já atuou em parceria em outros projetos com o Sala Preta como, por exemplo, o grupo de estudo que culminou no espetáculo “Efêmera”, de 2013, realizou entre setembro de 2013 a agosto de 2014, o doutorado sanduíche na Paris 1-Sorbonne.
 
“A partir de uma prática realizada durante as aulas da professora Olga Petiot sobre ‘projeto utópico’ e baseada nos seminários do Laboratório do Gesto de Jacinto Lageira, partimos de alguns textos literários para concretizar ideias sobre processos artísticos A oficina com o Sala Preta está sendo feita através de jogos que estimulem a construção de objetos plásticos e visuais”, disse Isabel.
 
Isabel Carneiro
sabel Carneiro é artista visual e trabalha com o conceito de colagem como forma na música, na pintura e no vídeo. Especialista pela PUC-Rio em História da Arte e da Arquitetura no Brasil em 2007, sua pesquisa surgiu a partir da idéia da Colagem como forma moderna. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ, bolsista da FAPERJ com o projeto intitulado “A colagem como forma na música e na pintura”, teve sua dissertação defendida em março de 2010 com o trabalho das Notas sobre a forma-colagem, em que produziu objetos teóricos e plásticos sobre o conceito de colagem. Atualmente é doutoranda do PPGAV/EBA/UFRJ na linha de Linguagens Visuais e produz fragmentos plásticos e sonoros como forma de concretizar ideias sobre a heterogeneidade de meios e as relações abruptas entre temporalidades inconciliáveis. Realizou parte de sua pesquisa de tese na Paris 1-Sorbonne de setembro de 2013 a agosto de 2014

 

 

 

DAS PALAVRAS ÀS FORMAS ARTÍSTICAS  

Barra Mansa,  13 de maio de 2015

SALA PRETA REALIZA OFICINA COM ISABEL CARNEIRO 

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